quarta-feira, 8 de junho de 2011
Mapa Situacionista Gui Terreri
O segundo reenactment proposto e realizado pela turma de A.T.A.T 2011.1 baseava-se em duas intervenções artísticas distintas fundidas em uma. Recriação dos cartões-partituras do grupo Fluxus e os mapas psico-geográficos - uma geografia afetiva, subjetiva, que busca cartografar as diferentes ambiências psíquicas provocadas basicamente pela deambulação urbanas- da Internacional situacionista. Esta performance se diferencia da primeira realizada. Uma pautava-se pela relação, não só com o espaço mas também com o outro aderia a conceitos chave da Estética Relacional de Nicolas Bourriaud; Já a segunda investigava a relação espacial-afetiva proposta (ou imposta) pela cidade e seus fluxos cosmopolitas. Ter a oportunidade de repensar o espaço urbano, de indagar a respeito da função dos urbanistas em nossas vidas, discernir quanto aos espaços públicos e os privados mas principalmente percebermo-nos como parte integrante da paisagem urbana foram algumas das investigações propiciadas pela intervenção.
Cada indivíduo deveria preparar um cartão-partitura de instruções ou comandos direcionais a serem executados por um outro indivíduo, este ao receber a proposição de trajetória criaria um mapa situacionista que ilustrasse seu percurso psicológico, afetivo, emocional e espacial. O objetivo por tanto era novo, não deambularíamos livremente pela cidade tão pouco cumpriríamos uma série de instruções mecânicas, mas fundiríamos duas esperiências de investigação espacial gerando uma nova apreensão da nossa mobilidade. E neste ponto tecemos diálogo, por exemplo, com Fred Forest, artista Argelino que pensava a cidade/sociedade menos com uma visão urbanista nacionalista e mais como um espaço de relação e comunicação afetiva. Encaramos aqui a intervenção segundo a ótica de John Deway mesclando acontecimentos rotineiros com vivências artísticas sem que as fronteiras entre estes fossem claramente delimitadas.
Minha experiência me leva a acreditar nesta performance como uma seqüência de deslocamentos espaciais, temporais, de sentidos e físicos. Ela criou sociabilidades singulares e abordagens espaciais e temporais divergentes do comum realizado por mim.
Iniciei meu trajeto na Unirio, no quarto andar e ao ler todo o cartão de instruções (mapa de ação) denominei aquela área como “Zona de desconforto” prevendo que passaria por algum enfado durante o trajeto. Acredito que tal postura contaminou minha ação durante a próxima hora, desempenhei meu papel munido de um sentimento de indisposição.
Meu trajeto contou também com uma passagem pela "Região do Miado" Na qual conversei com diversos gatos; Sala do "Eu não faço isso, por que diabos farei agora?" e a busca em uma praça por um idoso que intitulei de "No Contry for an old man Area".
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