Meu mapa comeca dando a instrucao de entrar em qualquer onibus, resolvi entrar no 512, que foi o primeiro que passou. Estava lotado. Muitas criancas com uniforme de escola publica se concentravam atras do onibus vazendo algazarra. Fiquei em pe perto da saida onde a bagunca era maior, as criancas tinham por volta de 12.13 anos e falavam absurdos aos berros, comecaram com uma brincadeira de empurra empurra que sobrava para os demais passageiros. O rapaz ao meu lado ja estva aos palavroes, e eu estava tensa, me sentindo invadida e sufocada, pois a gritaria era ensurdecedora e o onibus nao tinha lugar para mais ninguem. Acredito que todos assim como eu se pergintavam aonde elas iriam saltar, todos nitidamente agoniados e com olhares de reprovacao. Comecaram a saltar na rua Duvivier com Barata Ribeiro, uma mulher que desceu junto com alguns deles exclamou:_ " Acabaram de sair da escola, que educacao!" Até que outros saltaram na praca Cardeal Arco Verde e assim o onibus foi ficando mais calmo, e as pessoas visivelmente menos ansiosas. Todos estavam horrorizados, inclusive dois gringos que nao estavam entendendo nada. Tudo silenciou na Rua Figueiredo de Magalhaes, onde desceram os ultimos indisciplinados, foi um alivio geral, aquele "UFA"! O silencio imperou. Saltei na Rua Dias da Rocha pensando como aquilo era irritante e revoltante, mas ao saltar , ja calma, atravessei a Rua Barata Ribeiro indo até a Av. Nossa Senhora de Copacabana. Todos iam apressados, talvez por ser o fim do dia, mas esta rua me remete a este sentimento de rapidez constante, e pessoas alertas aos seus afaseres. Dobrei na Rua Domingos Ferreira, que ja me traz mas tranquilidade, ali sim pude derivar por alguns instantes, onde pude me sentir realmente aliviada, depois desta deriva tensa.
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