quinta-feira, 16 de junho de 2011

Re-enactement: Depois de mim - Carolina

Esta performance comecou a ser elaborada nas aulas de ATAT. No texto de Tania Alice ela cita:" (...) producão de caminhos paralelos na invencão, de um novo cotidiano - escrevia Certeau(...)".

"Como observado precedentemente, a pratica do re-enactement se constitue como uma captacão de forcas do passado, uma trasmutacão energética de um acontecimento passado, de um novo"agenciamento de forcas" visíveis e invisíveis(...) (Deleuze)".


"De Lyotard a Paul Virilo(1989), o espaco parece ter se esfarelado, trocando sua fixidez e imobilidade por um espaco em fluxo que coloca na conexão, na mobilidade, nas relacões e no sujeito em transito seu eixo fundamental." - Priscila Arantes.



No texto, " Ça marche! Pratiques deambulatoires et experience ordinarie." Observei a performance de Laurent Malone e Dennis Adams em agosto de 1997. Com apenas uma camera fotográfica, eles andavam dividindo esta camera, de modo que a pessoa A escolhia a imagem a ser capturada e a pessoa B, fotografava o lado oposto, ou seja, a pessoa B nunca sabia ou escolhia o que iria ser capturado.


A idéia de trabalhar indas e vindas, retornos e abandonos, como algo que não escolhemos já estava dentro de mim. Conforme fui lendo os textos, me chamou atencão, este em especial, já o segundo captador da imagem alem de não escolher a imagem , ele seguia sem olhar para trás, e sem prestar atencao ao estava sendo abandonado. Quando li "Mediatacao Andando", vi o quanto é dífícil andar sem prestar atencao aos pensamentos, e o quanto na maioria das vezes só observo o que está a minha frente, deixando para trás tudo aquilo que nao me chamou atencão, ou perdeu a graça em razão da rotina. Coloquei uma camera nas costas e fui filmando o lugar que abandono, passo, todos os dias.


Em meu devir fluxo como transeunte deixo para trás aquilo que, em menos de um segundo, acabei de ver. Este constante movimento do que está vivo e nao cessa de morrer reafirma o campo sensorial e afetivo que tem como base o recorte do olhar. Depois que passo, e quando passo, fico antes ou depois, sou reflexo ou imagem do que fiz em mim vida e simultaneamente anulei?



Em "Depois de mim" verifico que não sou nenhum dos dois questionamentos levantados anteriormente. Ou seja, nem sou reflexo, nem sou imagem. Sou, e só sou, porque inserida no movimento de nascer e morrer, corpo/alma-consequencia enquanto agente da acão.

http://www.youtube.com/watch?v=H5_zjyLtE54

Um comentário:

  1. Carolina, reflexao interessante e conectada com os textos estudados na aula... Infelizmente, o link do vídeo nao funciona, teria como vc postar novamente? Obrigada.

    ResponderExcluir