terça-feira, 30 de março de 2010

sobre o Flash Mob

Flash Mob em Jerusalem


Stockholm Flash Mob


Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.

Entrevista "O que é performance?" - Resposta de Lúcio Agra

Luci
Lucio Agra - Natural de Recife, PE, cresceu em Petropolis, Rio de Janeiro, e há mais de 10 anos radicou-se em São Paulo. Graduado em Letras na UFRJ, Mestrado e Doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP, onde até hoje trabalha,como Professor Adjunto do Departamento de Linguagens do Corpo. Colaborou com Renato Cohen (1956-2003)desde 1997 tanto artisticamente quanto como membro da equipe de professores de performance da Graduação em Comunicação das Artes do Corpo. Como performer, desenvolveu pesquisa em torno aos trabalhos de Kurt Schwitters(1887-1948), apresentando sua "Ursonate" em 2000, 01, 02, 03, 07 e 08. Desenvolveu, em paralelo, um "mix" de performance, sound poetry e improviso musical livre com os grupos (demo)lição (Paris, Montevideo e São Paulo, 2007/08) e Orquestra Descarrego. Autor de "Selva Bamba" (poemas, 1994), História da Arte do séc. XX - Idéias e Movimentos (ensaio, 2006) e Monstrutivismo - reta e curva das vanguardas (no prelo). Prepara novo livro sobre a performance contemporâneo.

O que é performance?
Esta é sempre a pergunta cuja resposta é difícil ou mesmo impossível. A questão pode ficar sem sentido, diante de uma prática artística que já nasce sob o signo dos questionamentos em torno a algumas idéias-chave da Modernidade. Finalizar, findar, concluir, decidir, são todas palavras que remetem a noções do campo semântico do definir. A performance opera exatamente no extremo oposto, na processualidade, na impossibilidade, de partida, de supor a obra como algo definitivo. Ao mesmo tempo, a performance já se apropriou de uma forma, ao longo de seus 30 a 50 anos, na dependência do marco histórico escolhido. É possível traçar sua história, encontrar seus representantes principais, supor um modus operandi. Ou seja, sem recusar uma existência, é uma linguagem artística que resiste, não obstante, à essência que a definiria.


sexta-feira, 26 de março de 2010

Regina Melim, "Performance nas Artes Visuais". Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008

Referências:


POLLOCK
Pollock e o Action Painting
(trecho do filme de Ed Harris - disponível nas locadoras)

LUCIO FONTANA


SHOZO SHIMAMOTO


ATSUKO TANAKA

Electric Dress


JOHN CAGE

Prelude to Meditation

A Valentine out of Session

ALLAN KAPROW (re-enactment)
Kaprow Re-enactment

(nao utilisar as cadeiras da UNIRIO para este re-enactment!) :o))

JACKSON MACLOW
Jackson Mac Low

BEN VAUTIER
Imagens de Ben Vautier

GEORGE MACIUNAS
Fluxus - Film
1000 frames

GEORGE BRECHT
George Brecht, Drip Music
Mirror, 1963


THE FLUXUS PERFORMANCE WORKBOOK
The Fluxus performance work book

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ACTIONISMO VIENENSE  (nao recomendadas para o re-enactment.... :o)))

HERMANN NITSCH
Maria Conception - Orgia Mistério (1969).

OTTO MUHL
Kardinal

RUDOLF SCHWARZKOGLER

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VALIE EXPORT  E PETER WEIBEL


SOPHIE CALLE - Contacts
Sophie Calle - Contacts



FLAVIO DE CARVALHO - TRAJE TROPICAL

LYGIA CLARK - Bichos


HELIO OITICICA
Helio Oiticica - Marginália

MARCIA X
Desenhando com terços

SHIGEKO KUBOTA

CAROLEE SCHNEEMANN, Eye Body


YOKO ONO - Cut piece
Cut piece

JOHN BALDESSARI
I'm making art

MATTHEW BARNEY
Cremaster Cycle Trailer
Cremaster 3 (trecho)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Re-enactments of Marina Abramovic

Texto analisado:
Performance e reencenacao: uma análise de Seven Easy Pieces de Marina Abramovic
(Fábio Cypriano)
Fonte:

Artigo


complementos:

BRUCE NAUMAN

Walking in an exagerate manner, Bouncing in the Corner n. 1 e n. 2, Wall/ Floor Positions, Revolving Upsite Down, Violin Tuned Dead, Flesh to Wite to Black to Flesh, Pinchneck, Lyp Sinck, Get out of my mind, get out of this room

Bruce Naumann, performances 1968-69

Body Pressure:
Seeing the world trough Bruce Naumann


VITO ACCONCI

"Undertone", Vito Acconci
The setup for this video is simple and strong: in the foreground, a table, one side of which touches the bottom of the screen. In the background, an empty chair against the wall. The impression is one of a closed, cramped place, rather like the inside of the monitor. Vito Acconci enters this space and sits on the chair facing the spectator, his arms beneath the table which he stares at. He begins an insistent, ambivalent monologue, as if he is seeking to convince himself in turn either that there is a women under the table rubbing his thighs or that he is rubbing them himself: "I want to believe there's no one here under the table […]. I want to believe there's a girl here." Then, raising his head, bringing his hands out from under the table and rubbing them together, he speaks directly to the spectator: "I need you to keep your place there at the head of the table. I need to know I can count on you […]"
By this movement of exclusion/intrusion, this attempt at communication is reminiscent of Home Movies: a hypothetical, invisible woman, the camera/spectator and the artist. Here, however, there is no longer any specific reference to the past, autobiography or his work, but to a raw psychological fact which forces the spectator to become a voyeur and an accomplice.
One can feel the constrictive presence of the table, where Vito Acconci’s reflection is clearly visible, like a metaphor for the television and its screen. Undertone also evokes the relationship which may occur in a confessional and the perversion of an education in which everything which happens below is not acceptable.


VALIE EXPORT
Valie Export, Re-Enactment de Marina Abramovic
Reflexoes sobre a recepçao.


GINA PANE

« Vivre son propre corps veut dire également découvrir sa propre faiblesse, la tragique et impitoyable servitude de ses manques, de son usure et de sa précarité. En outre, cela signifie prendre conscience de ses fantasmes qui ne sont rien d’autre que le reflet des mythes créés par la société… le corps (sa gestualité) est une écriture à part entière, un système de signes qui représentent, qui traduisent la recherche infinie de l’Autre. »

JOSEPH BEUYS
Ode to Joseph Beuys, re-enactment com variantes


MARINA ABRAMOVIC - "Lips of Thomas"


Ementa da disciplina de ATAT

ANÁLISE DE TEMAS E AUTORES TEATRAIS (ATAT)
T + P : 30 h/a
2 créditos
Profa. Dra. Tania Alice


Ementa

A disciplina oferece uma abordagem do tema da performance, especificamente no que diz respeito à questão do registro e/ou re-enactment. Partindo de uma reflexão mais ampla sobre a questão performática, aborda a noção de desconstrução operada pelas práticas performáticas: desconstrução do conceito de identidade, dos paradigmas históricos, da questão da autoria e das relações tradicionais estabelecidas pelo mercado da arte. Partindo da prática do re-enactment de performances historicamente marcantes, será elaborada uma reflexão sobre as condições de enunciação passadas e presentes e as diferentes modalidades possíveis do registro na Contemporaneidade.


Conteúdo programático

1. Introdução à performance. O que "está sendo" performance?
Análise dos textos de Regina Melim e Hans-Thiess Lehmann.

2. Modalidades de construção histórica da performance. RoseLee Goldberg e Christophe Kihm.

3. A performance como forma relacional. O contexto da arte contemporânea. O conceito de "estética relacional" de Nicolas Bourriaud. As relações inter-subjetivas, a troca e partilha, a relação com o mercado da arte. Texto de Merle Ivonne Barriga. Sophie Calle.

4. Relatos (vídeos e/ou fotos e artigo) das práticas de re-enactment. Publicação dos relatos em blog. Marina Abramovic.

5. A questão do registro. Texto de Luis Claudio Costa.



Avaliação

A avaliação passará por quatro etapas:
1] realização do re-enactment de uma performance historicamente marcante.
2] elaboração de uma reflexão, com base nos textos teóricos estudados em sala de aula, sobre as condições de realização originais e atuais desta performance.
3] apresentação da análise em sala de aula e publicação da reflexão no blog da disciplina, juntamente com seu registro (vídeo ou fotos).
4] auto-avaliação.