quinta-feira, 26 de maio de 2011

Praca XV

Apos ler o blog da Manu me identifiquei muito com seu sentimento de ir e vir todos os dias de Niteroi, passando pelas barcas um lugar super movimentado. Agora morando em Copacabana, tambem sinto e vejo a pressa das pessoas ao meu redor principalmente no final do dia.

Quando chegamos la, logo me veio na memoria todos os meus dias de indas e vindas, um lugar ja conhecido dentro de mim, estavamos nos preparando para a performance e ja percebia os olhares das pessoas em volta apressadas e ao mesmo tempo curiosas. Como acabava de sair da faculdade estava carregando comigo duas bolsas, papeis, e meu objeto escolhido, que era uma telefone daqueles antigos. Este objeto foi escolhido por mim devido a comunicacao geral que necessitamos todos os dias, para trabalhos, lazer, etc, o que se misturou com minhas bolsas penduradas, delimitando tudo que carrego todos os dias incluindo a comunicacao com as pessoas e meus trabalhos. Ao comecarmos a nossa meditacao, fechei os olhos para nao sair do foco, e como se eu nao estivesse ali, meditei, sem prestar atencao nos outros, podia ouvir os passos e as vozes das pessoas passando ao redor, mas nao me preocupei em saber o que elas estavam falando ou se estavam olhando para nos. Quando comecamos a andar lentamente andando e meditando, fui descobrindo mais ainda a pressa que todos tem no fim do dia e como era estranho para aqueles de fora estarmos andando devagar, muitas vezes atrapalhando o caminho deles, formavamos barreiras, filas que se movimentavam de acordo com o que a cidade necessitava. Todo o percurso que fizemos, eu alterei em estado de meditacao e observacao, procurando sempre um foco para nao me desviar. Como nunca havia feito performance antes gostei muito e repetiria a dose, uma vontade de fazer algo novo todos os dias que provoque efeito nao so em mim mas nos outros tambem.

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