sexta-feira, 30 de abril de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

para o re-enactment de cut piece

para o grupo que vai fazer o re-enactment de cut piece, de Yoko Ono, imprescindível este documentário, em cartaz no Unibanco Arteplex, 14:00, 16:00 e 20:10 e meia noite (sábado) desta semana. Retrata do ativismo político e poético de John Lennon e Yoko Ono... Muito interessante (tem até filmado parte do Cut Piece), mostra o quanto a história foi suavizando a dimensao política da obra de Yoko e John.... ajuda a pensar a performance, o re-enactment e a compor a reflexao sobre as diferentes temporalidades...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um pouco do trabalho Laura Lima








Pulling, 1998
Performance - Um casal fica sentado frente um ao outro com um tecido que liga os dois corpos







Mais Marina Abramovic

http://moma.org/interactives/exhibitions/2010/marinaabramovic/conversation.html

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pequena Biografia sobre Hélio Oiticica

Hélio Oiticica foi um dos mais criativos artistas plásticos brasileiros. A síntese de sua obra são seus belos "Parangolés" (1964): capas, estandartes ou bandeiras coloridas de algodão ou náilon com poemas em tinta sobre o tecido a serem vestidas ou carregadas pelo ator/espectador, que passa a perceber seu corpo transformado em dança. Quase uma poesia, pois a obra de arte só se revela quando alguém a manuseia, a movimenta. Como bem definiu o poeta Haroldo de Campos, o "Parangolé" é uma "asa-delta para o êxtase". Carioca anarquista, Oiticica transitou entre os morros do Rio de Janeiro e os Estados Unidos, onde morou de 1948 a 1950, época em que se mudou com a família, e a partir de 1970, quando foi para Nova York. Aluno de Ivan Serpa, iniciou sua trajetória artística ligado às experiências concretas e neoconcretas. Das pinturas em guache sobre cartão, saturadas de cor e sem perspectivas, rompeu com o conceito tradicional de quadro e elaborou os "Monocromáticos" ou "Invenções" (1958-1959): placas de madeira que recebem várias camadas de tintas e dispostas na parede aleatoriamente. Cada vez mais desejoso de integrar a arte à experiência cotidiana, passou a propor a participação do espectador pela vivência visual, em obras como os "Bilaterais" e os "Relevos Espaciais" (1959): placas de madeira pintadas e suspensas por fios presos no teto; e os "Núcleos" (1960-1963): placas de madeira pintadas em sua dupla face e penduradas no teto por um suporte de madeira. Os primeiros parangolés são construções em madeira a serem penetradas pelo espectador, que caminha sobre areia, toca em objetos, escuta ruídos etc. Os segundos, recipientes de diversos materiais, como madeira, vidro, lata e plástico, contêm elementos como areia, pedra e carvão colorido, que devem ser manipulados. Certa vez, escreveu: "A obra nasce de apenas um toque na matéria. Quero que a matéria de que é feita minha obra permaneça tal como é; o que a transforma em expressão é nada mais que um sopro: um sopro interior, de plenitude cósmica. Fora disso não há obra. Basta um toque, nada mais".

fonte: www.netsaber.com.br

Pequena Biografia de Lygia Clark

Pintora, escultora, auto-intitulou-se não-artista. Nasceu em Belo Horizonte, 1920.1947 inicia-se na arte no Rio de Janeiro. Dedica-se ao estudo de escadas e desenhos de seus filhos, assim como realiza os seus primeiros óleos.

De 1954 a 58 desenvolve uma pintura de extração construtivista, restrita ao uso do branco e preto em tinta industrial. Em 1960, cria os Bichos, estruturas móveis de placas de metal que convidam à manipulação e a Obra-mole, pedaços de borracha laminada entrelaçados. A partir de meados da década de 60, prefere a poética do corpo apresentando proposições sensoriais e enfatizando a efemeridade do ato como única realidade existencial . De 1970 a 75 reside em Paris. Como professora na Sorbonne propõe exercícios de sensibilização, buscando a expressão gestual de conteúdos reprimidos e a liberação da imaginação criativa. No período de 1978a 85 usa Objetos Relacionais com fins terapêuticos. Falece no Rio de Janeiro, em 1988. A trajetória de Lygia Clark faz dela uma artista atemporal e sem um lugar muito bem definido dentro da História da Arte.

performance ppp, de philippe mésnard, no rio de janeiro 20 e 21/04

Biografia de Lygia Clark

terça-feira, 20 de abril de 2010

Convite para MEDIT-ação performática 3

O que é?
Isto é o convite para participar de uma medit-açao performática.
A medit-acao performática acontece todo dia 25 do mês no Rio de Janeiro.
Esta é a terceira meditaçao, após as duas primeiras no Largo da Carioca e no Largo do Machado.
Um flash-mob prolongado.
Uma alteraçao do eixo espaço-tempo.
Uma respiraçao diferenciada, que conduz a uma percepçao alterada.
Iremos nos sentar no chao, em posiçao de meditacao, e meditar. 
Só isso. Sua presença é fundamental.

Quando? Onde?

Domingo, dia 25 de abril, as 16 horas, no gramado na entrada do Jardim Botânico.
E possível chegar atrasado, se sentar e participar. E possível ficar mais tempo do que o tempo estipulado.

O que faremos?

Simplesmente sentamos e meditamos. Sentamos com as pernas cruzadas, com os olhos abertos.
Fixamos um ponto e estabilizamos a mente. Paramos de reagir de forma condicionada.
Ampliamos nossa liberdade. Nos apropriamos do espaço público. Nao fingimos que meditamos. Meditamos mesmo. Percebemos o que acontece à nossa volta. Mas nao reagimos.
E possível...

Quem?

No Rio de Janeiro, esta açao faz parte de um conjunto de açoes desenvolvidas pelo Coletivo de Performance "Heróis do Cotidiano", que foi contemplado em 2009 pela FUNARTE com o Prêmio Artes Cênicas nas Ruas.

Porém, além deste grupo, a iniciativa é uma iniciativa coletiva, de todos que querem paz, luz e que acreditam também que o espaço publico nao precisa ser funcionalizado. Pertence a todos nós.
Portanto, todo mundo está convidado.

Apoiadores no Rio de Janeiro:
www.unirio.br
www.cebb.org.br
www.falundafa.pro.br

Participem dessa experiencia!
Quem quiser documentar (fotografar, filmar) será igualmente bemvindo.

Por favor, divulgem este e-mail para todos os seus conhecidos. 
Quanto mais gente, mais interessante será!!!

Informaçoes: heroidocotidiano@gmail.com


Matéria do Jornal "O Globo" sobre os Heróis do Cotidiano

Homem faz flexão pelado em diversos locais na China


Zhihang ganhou prêmio de fotografia por série de imagens.
Chinês diz que não sofreu represália por posar nu.

terça-feira, 13 de abril de 2010

H.T. Lehmann, "Teatro e Performance"

Wooster Group:
Hamlet, by Wooster Group (2009)

Site do Wooster Group:
http://www.thewoostergroup.org/

Entrevista de Elizabeth LeCompte, diretora teatral do Wooster Group:
http://www.liberation.fr/culture/0101300560-elizabeth-lecompte-metteur-en-scene-du-wooster-group-nous-pratiquons-un-nouveau-naturalisme-house-lights-par-le-wooster-group-m-s-d-elizabeth-lecompte-theatre-de-la-bastille-festival-d-automne-mar-sam


LA FURA DELS BAUS
Naumachia
Freedom
Le Grand Macabre
Metamorfose
Las Troianas


ARIANE MNOUCHKINE
Morte de Molière (cena final do filme)
Le Dernier Caravansérail

LIVING THEATRE
video de 1975 restaurado (Paradise Now)

Documentário a Ponte de Eric Steel
A ponte, parte I

ARNULF RAINER

BOBBY BAKER

Pierrick Sorin

Site oficial de Pierrick Sorin:
http://www.pierricksorin.com/index.htm

Vidéo comentado em sala de aula:

(infelizmente, nao encontrado na internet...)


Texto sobre a performance:
http://espace-holbein.over-blog.org/article-20563616.html

Il s'agit de la réalisation d'un film vidéo qui, sous la forme d'un documentaire très classique, présente un ensemble d'œuvres monumentales implantées dans la ville. Une demi-douzaine d'artistes européens (sept exactement : un Britannique, une Hongroise, un Portugais, un Espagnol, une Allemande, un Grec et un natif de Nantes, tous interprétés par Pierrick Sorin) commentent, sur le terrain, leurs créations les plus folles. Inutile de dire que ces projets sont de pures fictions, n'ont aucune existence réelle (enfin, pour le moment...) et semblent, pour la plupart d'entre eux, parfaitement irréalisables.


           


Ce film est une parodie des documentaires à vocation "culturelle" que l'on peut -ou que l'on a pu voir à une certaine époque- sur des chaînes de télévision comme Arte ou la Sept. La forme emprunte aux codes de ce type d'émission destinée à un public choisi. L'ambiance et le cadre sont gentiment extravertis, mais toujours avec mesure.
Pierrick Sorin, tel un Zelig des arts plastiques, provoque le rire en incarnant des types d'artistes que l'on a forcément croisés un jour ou l'autre et dans lesquels nous retrouvons tous les défauts spécifiques à la profession.







 Le découpage de ce film s'appuie sur l'observation que fait Pierrick Sorin de véritables documentaires d'actualités culturelles. Ce faux documentaire débute par un générique qui par sa forme et le ton adopté va d'emblée camper l'état d'esprit de ce reportage : l'émission s'appelle FOLIES (1) et cette prétendue "folie" est immédiatement desservie et contredite  par l'aspect morphing mou de la police de caractère utilisée pour l'affichage du titre et surtout par l'immonde fond jaune-orangé ou jaune-verdâtre qui s'anime en lents mouvements perpétuels et qui évoque ces lampes d'ambiance mauvais goût des années 70 dont on retrouvera un vestige dans l'une des œuvres montrées plus tard dans le film. Un présentateur soigné aux gestes maniérés (col roulé, petites lunettes ovales et  léger accent britannique) dresse le programme de l'émission en n'omettant pas de signaler l'audace et le dynamisme de la ville de Nantes qui a commandé pour ses espaces publics des œuvres «spectaculaires et monumentales», («Ce soir nous n'allons pas très loin, nous allons à Nantes où il se passe des choses très surpre-nantes...». Volonté de marquer des valeurs d'ouverture à la fois aux idées, à l'internationalisme, à l'appropriation d'une certaine modernité incarnée par l'art contemporain et au sein de cet art contemporain l'avant-garde représentée par les "nouvelles technologies", ou plutôt par ce qu'il nomme «des technologies très novatrices». Première apparition de Pierrick Sorin, dans le rôle du journaliste qui présente l'émission (2) et que l'on retrouvera à la fin du reportage à l'instar de toute bonne émission télévisée de ce type.







7 8 9 10 11 12
Vont s'enchaîner la description et l'explication, par chacun des artistes (cinq hommes et deux femmes, tous interprétés par Sorin lui-même), des sept œuvres sélectionnées pour figurer dans ces espaces publics. Pierrick Sorin est évidemment déguisé, le visage maquillé, excepté lorsqu'il joue son propre rôle (6) ; il est en possession de certains attributs (ordinateur portable, appareil-photo, caméra, mais aussi bloc-notes, pots de peintures, etc.) ; chaque attitude est façonnée en fonction du personnage incarné : l'artiste portugais (9) est exalté, l'artiste anglais (7) est un peu intello, prétentieux, comme l'espagnol (10) qui se double de la figure du mélancolique ; l'artiste hongroise (8), elle,  est vaguement inhibée, la photographe allemande (11) est d'une sensibilité excessive, quant à l'artiste grec (12), il s'agit carrément d'un mégalomane animé par les goûts les plus kitschs...). Le dernier (Pierrick Sorin, le natif de Nantes, 6) donne l'impression d'être un gentil pervers !
Sorin est filmé en play-back et une voix s'exprimant  dans la langue de l'artiste (parfois en anglais) est rajoutée comme s'il communiquait directement, face à la caméra. Et comme dans les reportages télévisés habituels, nous pouvons profiter d'une voix-off qui nous traduit simultanément les propos en français.
e présentateur a annoncé les projets «les plus fous», des projets qui se caractérisent essentiellement par leur côté «spectaculaire et monumental», l'objectif étant de «bouleverser le paysage urbain». Et en effet, nous assistons à la présentation d'œuvres délirantes mais dont l'intérêt est soigneusement justifié, soit par l'artiste lui-même, soit par le commentaire en voix-off, tant sur les plans artistique, économique, scientifique, culturel, topographique, social, relationnel que sur celui de l'affectif ou encore de la sécurité des citoyens.
Les œuvres

-Des agrandissements holographiques de Nantais, courant pour attraper leur tram à l'heure de pointe,  seront proposés par l'artiste anglais, Ricky Pierson  (13)
-Une énorme goutte d'eau en suspension au dessus de la ville (14) sera réalisée par l'artiste hongroise, adepte de «l'anti-forme», et
pour réaliser cette œuvre extraordinaire, elle travaillera en collaboration avec les unités scientifiques les plus pointues du moment. 
-Sirki Pinheiro
, l'artiste portugais exalté, se servira de la façade de la faculté de médecine de la ville de Nantes comme d'un écran géant où seront projetées des images d'opérations chirurgicales filmées en direct (15) mais retravaillée par ses soins de «manière organique».
-Le ténébreux artiste espagnol «handicapé dès l'enfance» (mais qui travaille depuis vingt ans sur le thème du «corps en mouvement») fera danser les habitants sur le rebord du toit de l'opéra de la ville, sous forme d'hologrammes (16).
-La délicate Krips  Roniker, d'origine allemande, fera apparaître dans le ciel un immense arc-en-ciel à l'échelle du paysage qui ne se manifestera pleinement que lorsque l'humeur des habitants sera réellement positive (17).
-Un autre projet titanesque est confié à un artiste grec, Eros Spinaki, qui imaginera d'occuper un mini gratte-ciel au centre de Nantes en le transformant en une «lampe-aquarium» géante qui va s'animer de l'intérieur de mouvements gluants et colorés à l'image de ces lampes d'ambiance décoratives des années 70.  Il évoquera, à son sujet, un «hommage à l'apparition de la vie» et en fera le symbole de «l'identité visuelle de la ville» (18).
Et enfin, la dernière œuvre  (ci-contre), c'est celle de Pierrik Sorin et il va en expliquer  le fonctionnement : l'œuvre devra être perçue de nuit par des gens qui sont en mouvement dans le tramway ; des mannequins alignés, légèrement différents l'un de l'autre, créeront l'illusion (à la manière du cinéma d'animation) d'une métamorphose d'un homme en femme ou de l'inverse.






Ce reportage se terminera avec la réapparition du gentil présentateur donnant un avant-goût de l'émission diffusée la semaine suivante et qui aura pour thème «le plus grand défilé de mode de tous les temps» : 2000 mannequins défileront en pleine forêt canadienne, une «manière originale, dit-il, de marquer le passage au 3ème millénaire»...
Mais avant cette évocation de la prochaine Folie, nous aurons eu droit à un commentaire en voix-off évoquant le versant économique de l'opération "Nantes, projets d'artistes", ainsi que la polémique qui ne manquera pas d'éclater au sujet de cette commande publique d'envergure reposant sur «des arguments artistiques peu convaincants».
Pierrick Sorin, en bouclant son documentaire sur cette remarque violemment autocritique (des «arguments artistiques peu convaincants») tente de désamorcer toute critique en anticipant sur les questions qui fâchent. Mais il s’expose également et prend des risques sachant que tous les artistes qu’il incarne intègrent des traits qu’il a potentiellement repérés chez lui et qu’il veut mettre à distance. La solution qui consiste à utiliser la figure du bouffon ou du clown se révèle efficace car elle sert à la fois à exorciser des défauts constitutifs à cette catégorie particulière que sont les artistes et à questionner, sans emphase, la pratique artistique.
Jean Starobinski dans son ouvrage Portrait de l’artiste en saltimbanque (que j'avais évoqué dans un texte précédent) écrit : «L’on s’aperçoit en effet que le choix de l’image du clown n’est pas seulement l’élection d’un motif pictural ou poétique, mais une façon détournée et parodique de poser la question de l’art.»*
Cette œuvre, Nantes, projets d’artistes (qui date de 2000),  porte un coup sérieux à la crédibilité de l’art contemporain. Il faut avoir en mémoire le débat virulent  et les attaques contre les pratiques contemporaines qui se sont développées durant toute la décennie qui précède et qui ont largement dépassé le milieu des professionnels ou des galeristes.
Dans cette pièce on rencontre à la fois des artistes ridicules, mégalomanes, délirants, obsédés, imbus d’eux-mêmes, prétentieux, faussement intelligents, des artistes aux goûts douteux ou carrément repoussants, mais on y repère aussi certaines dérives d’un art contemporain qui impose à l’ensemble de la population des goûts et des pratiques qu’elle ne partage ou ne comprend pas.
Dans un livre qu’il a publié sur l’artiste, Pierre Giquel rappelle que «Sorin n’a jamais caché sa réticence à l’égard du monde de l’art contemporain. Jugée par lui «élitiste», relevant parfois de la supercherie (la fin des années quatre-vingt voit surgir la revendication du «n’importe quoi» et cela coîncide étrangement avec les débats franco-français qui sévirent pendant quelques années), l’œuvre d’art le rend perplexe. Mais plus encore, le sérieux, la certitude d’un milieu qui le légitime, la prétention à une vérité deviennent les lieux d’une moquerie acerbe que tout aussi bien il s’inflige à lui-même». **
Mais cette relation à l'art en général, et à l'art contemporain en particulier, est très généreusement ambivalente chez Pierrick Sorin.
On aura noté les références et les relations constantes au tableau ("La Belle Peinture est derrière nous ", voir
ici), ou aux formes et aux catégories  du tableau (le triptyque dans "La Bataille  des tartes"), à la sculpture (l'épisode de la cage de foot «qui ressemble à une sculpture d'art contemporain» dans "Pierrick et Jean-Loup", voir ), à la photographie ou au clip vidéo (encore "Pierrick et Jean-Loup"), etc.  Pierre Giquel dans le même ouvrage écrit : «(…)un mouvement contradictoire anime assurément cette œuvre qui se déchire entre l’amour et la dénégation. La construction des films, le traitement de l’image, l’installation des éléments dans l’espace entretiennent une relation subtile avec ce que l’on appelle une œuvre d’art. Même lorsqu’il fustige les prétentions à faire œuvre.»***

Et si Pierrick Sorin -par amour-  avait  réellement nourri l'intention de réaliser une des œuvres présentées dans Nantes, projets d'artistes ? La question peut sembler saugrenue mais, considérant  ce rôle du clown qu'il a endossé dans un premier temps en parodiant des types d'artistes ayant réellement existé, ces travaux  ne pourraient-ils pas constituer  une série d'esquisses revêtant une esthétique du dérisoire ou du non-sens de la seconde moitié du XXème siècle -et ceci par dénégation- ?...
L'œuvre serait donc à venir.

En évoquant son temps, Jean Starobinski posait cette question :«L'art de notre siècle aurait-il partie liée avec la dérision ?»****

         
   
  

Filé de peixe - performance "pirataria da video-arte"

Formado pelos artistas Alex Topini, Felipe Cataldo e Fernanda Antoun, o coletivo Filé de Peixe há três anos realiza projetos de intervenção urbana e ocupação de espaços artísticos não convencionais.

O Filé de Peixe se destacou por realizar, inúmeras vezes nesse período, intervenções de natureza efêmera, com base no audiovisual, caracterizadas pela ocupação compulsório do espaço público, agregando ao ar livre artistas, moradores de bairro, transeuntes em geral, intervindo no trânsito normal, na dinâmica cotidiana dos lugares e das pessoas.

Os eventos realizados pelo Filé de Peixe, em parceria com coletivo Treze Numa Noite, primam pelo hibridismo, pelas ações performáticas, poéticas e sonoras, favorecendo a expressão conjugada de diversas linguagens, proporcionando a outros artistas e grupos um momento de experimentação radical, a ser vivenciado como fase constitutiva para desenvolvimento dos seus trabalhos artísticos.

Além de mais de trinta ações de intervenção e ocupação de espaços artísticos não convencionais, podemos destacar como as principais incursões do coletivo Filé de Peixe, o VI Simpósio Internacional de Contadores de Histórias / Sesc-Copacabana, Rede Ocupação em Santa Teresa, Centro de Experimentação Poética(CEP20.000) e o MaC-Filé, ocupação artística no pátio do MAC de Niterói, em 2008.

*PIRATÃO*

Piratear videoartes: essa é a proposta do coletivo Filé de Peixe, que em parceria com o grupo Treze Numa Noite, irá deslocar a exibição e acesso a esses trabalhos para as ruas.

Trata-se de uma pirataria agenciada por artistas, no papel de camelôs circunstanciais, como mecanismo de introduzir no campo das artes plásticas, a exemplo do que aconteceu na indústria da música e do cinema, um amplo debate sobre o modelo de inserção, circulação, exibição e consumo dos trabalhos, bem como suas implicações comerciais e relações entre artistas, galeristas, colecionadores, críticos e curadores, além do público comum.

Ofertados sobre telas aramadas, com embalagens de plástico e capas xerocadas, exatamente como fazem os camelôs piratas no centro da cidade, as videoartes e filmes de artistas serão vendidas no melhor esquema “um é 5(reais), três é 10(reais)!!”.

No acervo do Filé de Peixe, trabalhos clássicos de Letícia Parente, Hélio Oiticica, Marcos Bonisson, Ernesto Neto, Ricardo Basbaun, Nam June Paik, Bill Viola, Marina Abramovic, Andy Warhol, Maya Deren, Márcia X, Alex Hamburger, Joseph Beuys, Yoko Ono, Cindy Sherman, dentre outros, ao lado de trabalhos recentes de artistas como Alexandre Sá, Daniela Mattos, Analú Cunha, Daniel Murgel, Andrei Müller, Gustavo Speridião, Carlos Contente, André Sheik, além da produção do próprio coletivo e de outros, num total de mais de 300 vídeos, pirateando artistas como forma de inseri-los, ainda que involuntariamente, na performance/reflexão que queremos suscitar.

PIRATÃO quer evidenciar a novíssima e vasta produção no campo da videoarte, facilitar o acesso/contato com trabalhos clássicos, propiciando um ponto aglutinação e difusão, uma rede de trocas de materiais e idéias, ousando um contato direto com público comum, e a utilização de uma ferramenta polêmica e controversa para o fomento ao debate: a pirataria.


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Curta que ganhou o OSCAR de melhor animação.

Logorama from Marc Altshuler - Human Music on Vimeo.

Texto Aula 12.04.2010, in Cohen, "Performance como linguagem"

COHEN, Renato. "Performance como Linguagem". SP: Perspectiva, 2004. Texto-base para a aula.






Orlan


MANIFESTO OF CARNAL ART


DEFINITION
Carnal Art is self-portraiture in the classical sense, but realised through the possibility of technology. It swings between defiguration and refiguration. Its inscription in the flesh is a function of our age. The body has become a “modified ready-made”, no longer seen as the ideal it once represented ;the body is not anymore this ideal ready-made it was satisfaying to sign.


DISTINCTION
As distinct from “Body Art”, Carnal Art does not conceive of pain as
redemptive or as a source of purification. Carnal Art is not interested in the plastic-surgery result, but in the process of surgery, the spectacle and discourse of the modified body which has become the place of a public debate.



ATHEISM
Carnal Art does not inherit the Christian Tradition, it resists it! Carnal Art illuminates the Christian denial of body-pleasure and exposes its weakness in the face of scientific discovery. Carnal Art repudiates the tradition of suffering and martyrdom, replacing rather than removing, enhancing rather than diminishing - Carnal Art is not self-mutilation.



Carnal Art transforms the body into language, reversing the biblical idea of the word made flesh ; the flesh is made word. Only the voice of Orlan remains unchanged. The artist works on representation.



Carnal Art finds the acceptance of the agony of childbirth to be
anachronistic and ridiculous. Like Artaud, it rejects the mercy of God -Henceforth we shall have epidurals, local anaesthetics and multiple analgesics ! (Hurray for the morphine !) Vive la morphine ! (down with the pain !) A bas la douleur !



PERCEPTION
I can observe my own body cut open without suffering !....I can see myself all the way down to my viscera, a new stage of gaze. “I can see to the heart of my lover and it's splendid design has nothing to do with symbolics mannered usually drawn.
Darling, I love your spleen, I love your liver, I adore your pancreas and the line of your femur excites me.



FREEDOM
Carnal Art asserts the individual independence of the artist. In that sense it resists givens and dictats. This is why it has engaged the social, the media, (where it disrupts received ideas and cause scandal), and will even reached as far as the judiciary (to change the Orlan's name).



CLARIFICATION
Carnal Art is not against aesthetic surgery, but against the standards that pervade it, particularly, in relation to the female body, but also to the male body. Carnal Art must be feminist, it is necessary. Carnal Art is not only engages in aesthetic surgery, but also in developments in medicine and biology questioning the status of the body and posing ethical problems.



STYLE
Carnal Art loves parody and the baroque, the grotesque and the extreme.
Carnal Art opposes the conventions that exercise constraint on the human body and the work of art.
Carnal Art is anti-formalist and anti-conformist.



Manifesto retirado do site oficial da artista http://www.orlan.net/

domingo, 11 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Renato Cohen, Performance como linguagem.

"O trabalho do artista de performance é basicamente um trabalho humanista, visando libertar o homem de suas amarras condicionantes, e a arte, dos lugares comuns impostos pelo sistema. Os praticantes da performance, numa linha direta com os artistas da contracultura, fazem parte de um último reduto que Susan Sontag chama de "heróis da vontade radical", pessoas que nao se submeteram ao cinismo do sistema e praticam, à custa de suas vidas pessoas, uma arte da transcendência".


RENATO COHEN, Performance como linguagem

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Flash mob: Estátua!

Reinterando o que comentamos em aula...

Frozen Grand Central

terça-feira, 6 de abril de 2010

Flash Mob : Ferramenta de publicidade ?

Há algum tempo, começaram a surgir na internet propagandas que usam o flash mob como ferramenta publicitária.

Seguem alguns exemplos :

Propaganda de celular T-Mobile
Making of do flash mob T-Mobile
Show de Beyoncé em Londres
Promoção da Série de TV Glee em Roma

view point: topografia

Mad World

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A açao de plantar bandeiras nos cocos de cachorro, comentada na aula, nao vem de um coletivo de performance, mas de uma associaçao que luta contra os cocos de cachorros nas ruas de Paris...

http://www.ladepeche.fr/article/2007/07/26/21442-Hygiene-Que-faire-des-crottes-de-chiens.html

Aqui o video:
bandeiras e coco

Performance?

SEMINÁRIO A FOTOGRAFIA DE CENA - Coordenação: Maria Helena Werneck e Filomena Chiaradia


Programação
(Local: UNIRIO)

Dia 8 de abril de 2010
Manhã
Mesa-redonda 1: 9h às 11h - A fotografia e o campo da iconografia. Profa. Maria João Brilhante (UL); Solange Ferraz de Lima (Museu Paulista/USP);; Filomena Chiaradia(UNIRIO). Mediação: Lidia Kosovski

Mesa-redonda 2: 11.00 às 13 h Fotografar teatro: fotógrafos Emídio Luisi (São Paulo), Guga Melgar e Dalton Valério (Rio de Janeiro). Mediação: Maria Helena Werneck

Tarde
Workshop Fotografia do espetáculo
Tarde: 15 às 18 – Preparação para a prática da fotografia do espetáculo – Emidio Luisi. Coordenação: Dóris Rolemberg

Noite - Laboratório: prática de fotografia do espetáculo
Participantes do workshop fotografam o espetáculo A Filha do Teatro, de Luís Augusto Reis, com o Teatro do Pequeno Gesto, direção de Antonio Guedes, Sala Glauce Rocha, UNIRIO.

Dia 9 de abril de 2010
Manhã
Workshop Fotografia do espetáculo (continuação)
Parte 3: 10 às 13h – O processo de fotografar o espetáculo – apresentação e comentários de trabalhos produzidos no registro do espetáculo A Filha do Teatro. Coordenação: Luiz Henrique

Inscrições: Dias 5, 6 e 7 de abril, das 13 às 18h com Alexandre
Local: Departamento de Teoria do Teatro, sala 408
Total de vagas: 30 (inscritos devem possuir máquina fotográfica digital)