sábado, 23 de outubro de 2010
Performance, para mim que sou tímida, é muito difícil, tenho um certo receio, medo da reação das pessoas. Então procurei bastante para achar alguma performance que fizesse algum sentido para mim e eu então pudesse fazer o re-enactment.
Escolhi fazer a meditação coletiva, por ser uma questão que está muito presente nesse momento da minha vida, estou repensando a correria do dia a dia nas grandes cidades e até que ponto isso vale a pena, as relações entre as pessoas e se a religião está na vida dessas pessoas e como.
Depois que decidi a performance foi fácil saber o lugar, Campo de São Bento, em Niterói, que é aonde eu moro. É uma espécie de Praça/Parque, muitas árvores, lago com patos, um chafariz e uma "rua" principal que várias pessoas passam todos os dias. O Campo e cercado por quatro ruas, duas muito movimentas e vitais para o trânsito da cidade, a entrada principal fica em frente a uma rua que dá acesso a Ponte Rio/Niterói, com trânsito praticamente o dia todo.
Desde de criança frequento o Campo e desde que comecei a estudar numa biblioteca que tem lá dentro, na época do vestibular, percebo que as pessoas passam por ali e não se dão conta de tão bonito que é o lugar, do ar quase puro que ele mantém, dos pássaros cantando... passam correndo e vão trabalhar e estudar sem reparar no ambiente a sua volta, muito menos nas pessoas.
Para tentar questionar isso, chamei três amigas para fazer a re-enactmet comigo, só que no dia só uma foi, ai em vez de duas fazerem comigo e uma fotografar, eu fiz sozinha e a minha amiga Fran fotografou.
Sentei na calçada dessa rua principal do Campo, em posiçao de meditação com os olhos abertos observando o movimento das pessoas, que não entendiam nada, pensei que ia conseguir ficar a manhã toda lá, mas o meu corpo não acostumado reclamou e depois de um pouco mais de um hora parei, o mais difícil foi lidar com os olhares das pessoas, teve gente que queria parar e conversar, para tentar entender. Mas foi bom ver que elas me viam ali, mesmo sabendo que estava de alguma forma incomodando e intrigando elas, para não ter a sensação de que nada mas importa e que realmente as pessoas não reparam nas outras que estão a sua volta.
Escolhi fazer a meditação coletiva, por ser uma questão que está muito presente nesse momento da minha vida, estou repensando a correria do dia a dia nas grandes cidades e até que ponto isso vale a pena, as relações entre as pessoas e se a religião está na vida dessas pessoas e como.
Depois que decidi a performance foi fácil saber o lugar, Campo de São Bento, em Niterói, que é aonde eu moro. É uma espécie de Praça/Parque, muitas árvores, lago com patos, um chafariz e uma "rua" principal que várias pessoas passam todos os dias. O Campo e cercado por quatro ruas, duas muito movimentas e vitais para o trânsito da cidade, a entrada principal fica em frente a uma rua que dá acesso a Ponte Rio/Niterói, com trânsito praticamente o dia todo.
Desde de criança frequento o Campo e desde que comecei a estudar numa biblioteca que tem lá dentro, na época do vestibular, percebo que as pessoas passam por ali e não se dão conta de tão bonito que é o lugar, do ar quase puro que ele mantém, dos pássaros cantando... passam correndo e vão trabalhar e estudar sem reparar no ambiente a sua volta, muito menos nas pessoas.
Para tentar questionar isso, chamei três amigas para fazer a re-enactmet comigo, só que no dia só uma foi, ai em vez de duas fazerem comigo e uma fotografar, eu fiz sozinha e a minha amiga Fran fotografou.
Sentei na calçada dessa rua principal do Campo, em posiçao de meditação com os olhos abertos observando o movimento das pessoas, que não entendiam nada, pensei que ia conseguir ficar a manhã toda lá, mas o meu corpo não acostumado reclamou e depois de um pouco mais de um hora parei, o mais difícil foi lidar com os olhares das pessoas, teve gente que queria parar e conversar, para tentar entender. Mas foi bom ver que elas me viam ali, mesmo sabendo que estava de alguma forma incomodando e intrigando elas, para não ter a sensação de que nada mas importa e que realmente as pessoas não reparam nas outras que estão a sua volta.
sábado, 16 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
Diário de bordo 2
O ensaio
Estranho essa coisa de ensaiar uma performance porque na verdade o que fiz, foi a performance no meu quarto. “Ensaiar” a performance é fazer a performance. Mas ensaio foi importante e apontou algumas questões de pré-produção importantes para o registro em vídeo. As escovas que tinha em casa eram muito pesadas e não conseguí a mobilidade necessária para o trabalho, precisava comprar outras. Percebi também que meu cabelo precisava de um corte e que tinha que acertar algumas coisas na minha postura. Esse tipo de reflexão me leva a perceber que a preocupação com a imagem talvez seja a grande diferença entre a o ator e o artista plástico na hora da performance. Ensaiei duas vezes no total, gravei os ensaios com a webcam. Fiquei muito cansada e com dor de cabeça.
A performance e a gravação
Passei a quinta feira dia 30, às voltas com a preparação do trabalho e com a filmagem. Foi um trabalho intenso e fiquei muito cansada no final. Contei com a ajuda imprescindível de Valério Fonseca, Tarik Vasques, Rany Carneiro e Gaia Catta para a realização do vídeo e da performance. Fiz o trabalho em uma casa vazia e usei o áudio do vídeo original como guia, deixei o vídeo rolando para que a câmera captasse o áudio do vídeo de Marina Abramovic. A pior parte, foi quando acabou e me pediram para fazer mais uma para garantir. Típico de quem está gravando um vídeo. Quase morri de exaustão, mas fiz de novo. Ainda não vi o resultado do vídeo, as imagens gravadas em mini dv vão ser importadas para o computador e editadas. Meu trabalho só estará pronto após a edição e ainda tenho que fazer o relatório com os conceitos que quis trabalhar. Espero que o vídeo tenha ficado bom e que mais idéias surjam durante a edição. Abaixo um pequeno making off
Estranho essa coisa de ensaiar uma performance porque na verdade o que fiz, foi a performance no meu quarto. “Ensaiar” a performance é fazer a performance. Mas ensaio foi importante e apontou algumas questões de pré-produção importantes para o registro em vídeo. As escovas que tinha em casa eram muito pesadas e não conseguí a mobilidade necessária para o trabalho, precisava comprar outras. Percebi também que meu cabelo precisava de um corte e que tinha que acertar algumas coisas na minha postura. Esse tipo de reflexão me leva a perceber que a preocupação com a imagem talvez seja a grande diferença entre a o ator e o artista plástico na hora da performance. Ensaiei duas vezes no total, gravei os ensaios com a webcam. Fiquei muito cansada e com dor de cabeça.
A performance e a gravação
Passei a quinta feira dia 30, às voltas com a preparação do trabalho e com a filmagem. Foi um trabalho intenso e fiquei muito cansada no final. Contei com a ajuda imprescindível de Valério Fonseca, Tarik Vasques, Rany Carneiro e Gaia Catta para a realização do vídeo e da performance. Fiz o trabalho em uma casa vazia e usei o áudio do vídeo original como guia, deixei o vídeo rolando para que a câmera captasse o áudio do vídeo de Marina Abramovic. A pior parte, foi quando acabou e me pediram para fazer mais uma para garantir. Típico de quem está gravando um vídeo. Quase morri de exaustão, mas fiz de novo. Ainda não vi o resultado do vídeo, as imagens gravadas em mini dv vão ser importadas para o computador e editadas. Meu trabalho só estará pronto após a edição e ainda tenho que fazer o relatório com os conceitos que quis trabalhar. Espero que o vídeo tenha ficado bom e que mais idéias surjam durante a edição. Abaixo um pequeno making off
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